Em 2014 a EDA foi convidada pelo município de Almada para pensar e projetar coletivamente um possível futuro para o Antigo Presídio da Trafaria. Prisão Paraíso dá nome a um processo de reflexão e ativação colectiva que resultou em várias ações até 2019.
A primeira proposta de programação foi a Opereta A~Mar (2014), seguida de um laboratório cultural Hallo:Plataforma Trafaria (2016) do qual resultaram diferentes projetos em permanência no espaço: a oficina de carpintaria do Gato Morto, o Projeto Jardim, a cozinha comunitária, bem como espaços de trabalho e a sede da EDA.
Em 2018 realizou-se uma nova residência para melhorar os espaços de convívio e co-working. A premissa foi dotar o espaço de equipamento e instalações amovíveis e multifuncionais, dada a constante mutação de intenções políticas para o local. Para além disso, o Presídio passou a contar com instalações artísticas, como o Landmark do colectivo PZZL, um forno de pizza e foram feitas refeições comunitárias cozinhadas pelos moradores da Trafaria. Entre os artistas em residência, destaca-se o trabalho de Nicole Kiersz com pigmentos a partir do levantamento das cores da região. Ainda nesse ano deu-se a construção do Cinemar, realizou-se uma semana de partilha de experiências ERASMUS+ com o colectivo Bruit du Frigo e uma residência de estudantes de arquitectura de interiores do Institut Saint Luc de Brussels. Em 2019 realizou-se um encontro internacional enquadrado no financiamento europeu Tandem e uma residência artística, Refugium.
O potencial deste lugar enquanto pólo cultural é claro e, para além destes projetos que pode consultar mais detalhadamente no nosso site, a Prisão Paraíso acolheu muitas outras pessoas, ideias e projetos de pequena escala. Prisão Paraíso foi um processo participativo assente na liberdade criativa que envolveu e respeitou a realidade local, contribuiu para o seu desenvolvimento social e ambiental, criou experiências culturais e apelou à democratização dos espaços públicos.