Em 2014 a EDA foi convidada pelo município de Almada para pensar e projetar coletivamente um possível futuro para o Antigo Presídio da Trafaria. Prisão Paraíso dá nome a um processo de imaginação e ativação colectiva que tem resultado em várias ações ao longo dos anos.
A primeira proposta de programação foi a Opereta A~Mar (2014), seguida de um laboratório cultural Hallo:Plataforma Trafaria em 2016. Depois daí resultaram diferentes projetos em permanência no espaço: a oficina de carpintaria do Gato Morto, o Projeto Jardim, a cozinha comunitária, bem como espaços de trabalho. Porque continua claro o potencial deste espaço enquanto pólo cultural, a Prisão Paraíso continua a acolher projetos, pessoas e ideias.
Em agosto de 2018, realizou-se uma nova residência para melhorar os espaços de convívio e co-working. Dada a constante mutação de intenções políticas para o local, a premissa foi dotar o espaço de equipamento e instalações amovíveis e multifuncionais. Desde então, o Presídio conta também com instalações artísticas, como o (enigmático) Landmark do colectivo PZZL, projetos de iluminação nocturna, um forno de pizza e um sistema de irrigação, refeições comunitárias cozinhadas pelos moradores da Trafaria, experiências de Nicole Kiersz com pigmentos a partir do levantamento das cores da região, entre outros. Seguiu-se o Cinemar (Outubro), uma semana de partilha de experiências ERASMUS+ com o colectivo Bruit du Frigo (Novembro), residência de estudantes de arquitectura de interiores do Institut Saint Luc de Brussels (Abril), entre outros.
Prisão Paraíso é um processo participativo assente na liberdade criativa que envolve e respeita a realidade local, contribui para o seu desenvolvimento social e ambiental, cria experiências culturais singulares e apela à democratização dos espaços públicos. Um processo dinâmico que continua a acolher novas propostas e atividades.